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Diversos estudos confirmam a
eficiência do preservativo na prevenção da aids e de outras
doenças sexualmente transmissíveis. Em um estudo realizado
recentemente na Universidade de Wisconsin (EUA), demonstrou-se
que o correto e sistemático uso de preservativos em todas as
relações sexuais apresenta uma eficácia estimada em 90-95% na
prevenção da transmissão do HIV. Os autores desse estudo
sugerem uma relação linear entre a freqüência do uso de
preservativos e a redução do risco de transmissão, ou seja,
quanto mais se usa a camisinha menor é o risco de contrair o
HIV.
A camisinha é mesmo impermeável?
A impermeabilidade é um dos fatores que mais preocupam as
pessoas. Em um estudo feito nos National Institutes of Health
dos Estados Unidos, ampliou-se o látex do preservativo
(utilizando-se de microscópio eletrônico), esticando-o em 2
mil vezes e não foi encontrado nenhum poro. Outro estudo
examinou as 40 marcas de preservativos mais utilizadas em todo
o mundo, ampliando 30 mil vezes (nível de ampliação que
possibilita a visão do HIV) e nenhum exemplar apresentou
poros.
Em outro estudo mais antigo de 1992, que usou microesferas
semelhantes ao HIV em concentração 100 vezes maior que a
quantidade encontrada no sêmen, os resultados demonstraram
que, mesmo nos casos em que a resistência dos preservativos
mostrou-se menor, os vazamentos foram inferiores a 0,01% do
volume total. O estudo concluiu que, mesmo nos piores casos,
os preservativos oferecem 10 mil vezes mais proteção contra o
vírus da aids do que a sua não utilização.
E por que às vezes estoura?
Quanto à possibilidade do preservativo estourar durante o ato
sexual, as pesquisas sustentam que os rompimentos se devem
muito mais ao uso incorreto do preservativo, do que a uma
falha estrutural do produto. Nos Estados Unidos, um estudo
realizado em 1989 indicou que a taxa de rompimento da
camisinha era inferior a 1%. Porém, em 1994, foi conduzido um
importante estudo multicêntrico sobre essa possibilidade em 8
países (República Dominicana, México, Estados Unidos, Gana,
Quênia, Malawi, Nepal e Sri Lanka), encontrando-se, então, uma
taxa de rompimento que variou entre 0,6% (no Sri-Lanka) a
13,3% (em Gana).
O dado mais convincente sobre a eficiência do preservativo na
prevenção contra o HIV foi demonstrado por um estudo realizado
entre casais, onde um dos parceiros estava infectado pelo HIV
e o outro não. O estudo mostrou que, com o uso consistente dos
preservativos, a taxa de infecção pelo HIV nos parceiros não
infectados foi menor que 1% ao ano.
Diante dos resultados desses estudos, realizados por
instituições renomadas e de credibilidade, pode-se dizer que o
correto e freqüente uso do preservativo contribui de forma
eficaz tanto para a prevenção de enfermidades quanto para
evitar a ocorrência de gravidez não planejada. |